A mostra apresenta os resultados do curso de extensão homônimo "Desprogramar para (re)programar". Ao longo de um mês, com orientação da professora Rejane Cristina Rocha, do Departamento de Letras (DL) da UFSCar, os participantes foram convidados a explorar a inteligência artificial não como ferramenta de automação ou produtividade, mas como recurso poético por meio de uma abordagem tecnopolítica.
Durante o curso, os participantes investigaram como o código e os sistemas de aprendizado de máquina moldam nossos modos de ver, escrever e existir - e como é possível subverter essas lógicas a partir da arte, a partir de uma abordagem que questiona a neutralidade tecnológica e propõe usos contra-hegemônicos das IAs. Os trabalhos que serão apresentados - jogos, narrativas interativas, experimentos textuais e visuais - são expressões dessa tentativa de reprogramar a sensibilidade digital. Cada projeto nasce de um gesto coletivo de crítica e de invenção: desobedecer a eficiência, reescrever os automatismos, tensionar os modos dominantes de criação mediados por IA. Mais do que um encerramento, a vernissage é um ponto de passagem: um espaço para tornar público um processo de aprendizado compartilhado, no qual o erro, o ruído e o improviso se afirmam como potências criativas.
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